Você está aqui
Chorrochó recebe visita de caravana pela erradicação do trabalho infantil
Chorrochó recebe visita de caravana
pela erradicação do trabalho infantil
O município de Chorrochó recebeu ontem, dia 23, a visita da “IV Caravana Estadual pela Erradicação do Trabalho Infantil”, que visa mobilizar os atores sociais do Estado para a redução do número de crianças e adolescentes em situação de trabalho. A promotora de Justiça da comarca, Aline Curvêlo Tavares de Sá, participou da caminhada promovida na cidade, que contou com a participação de 600 pessoas. A caravana é organizada pelas Secretarias de Desenvolvimento Social e de Combate à Pobreza; do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte; da Educação e da Saúde. Durante a caminhada, que teve ampla participação de estudantes, foi realizada panfletagem do programa “Bahia livre do trabalho infantil: um pacto pela infância e educação”, destacando as razões pelas quais a criança não deve trabalhar e indicando o prejuízo ao desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, social, moral e educacional. A caravana teve início no último dia 20, passando pelas cidades de Rodelas, Abaré, Chorrochó, Macururé, Glória, e será encerrado em Paulo Afonso com a realização do seminário final no dia 29.
O evento prosseguiu no turno da tarde, no centro paroquial de Chorrochó, quando foi apresentado o diagnóstico da situação dos jovens e adolescentes envolvidos no trabalho irregular – a maioria deles em tarefas domésticas e de lavoura. Na oportunidade, a promotora Aline Curvêlo Tavares de Sá – que atua em Chorrochó, Macururé, Rodelas e Abaré – externou a sua preocupação com a não participação destes municípios no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Ela falou sobre a necessidade da implementação e operacionalização do programa, permitindo não apenas a punição dos envolvidos com a exploração do trabalho infantil, mas a interrupção da prática através da criação de alternativas de renda e criação de espaços de convivência. Ratificando a disponibilidade do Ministério Público em combater a prática, ela lembrou que é preciso uma verdadeira mudança de cultura, especialmente no que tange ao regime de economia familiar e pequena produção agrícola. A promotora destacou a importância de acompanhamento da frequência escolar das crianças e adolescentes, através da Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente (Ficai), pois a mesma pode revelar as dificuldades dos alunos comparecerem à escola em ração do trabalho infantil.
Fotos: Divulgação