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Projeto 'Cidadão Aprendiz' inicia nova turma de formação de jovens socialmente vulneráveis
Como Tailane Queiroz, 17 jovens participaram hoje, dia 16, da abertura da segunda edição do projeto 'Cidadão Aprendiz: Inclusão e Oportunidade', que promove formação técnica e profissional de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social para o ingresso deles no mercado de trabalho. A garota, de 19 anos, mostrou entusiasmo ao falar do curso de aprendizagem, cuja parte prática inicia amanhã com previsão para terminar em dezembro deste ano. Antes, eles passaram por quatro meses de formação teórica, quando também lhes foi explicada a proposta do projeto. “É uma oportunidade que nunca tive para poder realizar meus sonhos. Com o salário, inclusive, vou poder fazer outro curso. Vou investir mo meu futuro”, afirmou.
No MP, os jovens aprenderão e realizarão atividades de suporte técnico em tecnologia da informação e assistência administrativa, com monitoria de servidores da instituição. A carga horária diária é de quatro horas e o salário proporcional é de meio salário-mínimo, custeado pelas empresas que os contrataram por meio do projeto, conforme as previsões da Lei de Aprendizagem. Na primeira edição, foram formados 26 jovens e adolescentes, sendo 14 no MP e 12 na Defensoria Pública do Estado (DPE), que também desenvolve o projeto. O 'Cidadão Aprendiz' é resultado de um acordo de cooperação técnica firmado em 2013 entre o MP, DPE, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) e o Município de Salvador. Os jovens são selecionados pela rede de proteção social entre aqueles em situação de vulnerabilidade que cumprem medida socioeducativa em meio aberto ou em semiliberdade ou que são egressos da Fundac.
As boas-vindas aos aprendizes foram dadas pelo promotor de Justiça Carlos Martheo, que atua na área da infância e juventude, e pelas pedagogas Gisele Cajaíba e Cristiana Neves, do Serviço de Apoio Psicossocial (Saps) do Centro de Apoio de Defesa da Criança e do Adolescente do MP (Caoca). “A casa do MP é muito maior que seu ângulo mais divulgado na TV de punição e de perseguição criminal. É proteção a criança e adolescente, ao meio ambiente, idosos, a pessoas com deficiência, ao consumidor. As pessoas que vêm até nós estão sofrendo e nossa missão é defendê-las e minimizar seu sofrimento. A partir de agora, vocês vão fazer parte desta família, da nossa missão”, afirmou. Na ocasião, os aprendizes também conheceram seus monitores e receberam formulários de autoavaliação, a folha do ponto e os crachás de identificação.
Fotos: Rodrigo Tagliaro / Rodtag Fotografias