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Negociação articulada pelo MP garante funcionamento da emergência obstétrica do Hospital Santo Amaro
Negociação articulada pelo MP garante funcionamento
da emergência obstétrica do Hospital Santo Amaro
Uma segunda reunião promovida pelo Ministério Público estadual na tarde de ontem, dia 26, trouxe informações de avanços nas negociações e discussões articuladas pelo órgão com diversos atores da rede suplementar de saúde a fim de evitar o fechamento de emergências obstétricas em Salvador e ampliar o número de leitos no estado. As tratativas provocadas pelo MP, por meio do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça do Consumidor (Ceacon), entre o Hospital Santo Amaro e operadoras de planos de saúde, fizeram com que a unidade hospitalar decidisse manter a sua emergência obstétrica em funcionamento.
Segundo o coordenador do Centro, promotor de Justiça Roberto Gomes, que conduziu a reunião, o próximo passo é convidar outros hospitais, que nunca tiveram unidades emergenciais, para que abram novas, e os que também nos últimos anos fecharam as suas, para que as reabram. O objetivo das reuniões será articular medidas e soluções específicas que resultem na recuperação geral da rede de assistência, uma vez que dados apresentados pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba) mostram a perda de 200 leitos em Salvador no período de uma década, com o encerramento de emergências de pelo menos cinco hospitais na capital. Além disso, foram discutidos aspectos e possibilidades para a construção de um novo modelo de assistência, que priorize as emergências obstétricas dotadas de equipes de plantonistas, com novas estratégias de financiamento dos serviços que garantam a ampliação da rede suplementar, reduzindo os impactos na rede pública de saúde.
Além do promotor de Justiça Roberto Gomes, a reunião contou com a participação do chefe da Agência Nacional de Saúde (ANS) na Bahia e em Sergipe, Danilo Alves; e de representantes do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia; do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb-BA); da Sogiba; do Instituto de Perinatalogia da Bahia (Iperba); das operadoras de planos de saúde Bradesco, Cassi, Amil, Sulamérica e Unimed; e dos hospitais Salvador, Santo Amaro e Jorge Valente.