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Curso do NIC recicla membros do MP na área da inteligência
Curso do NIC recicla membros
do MP na área da inteligência
Além de participar das palestras e debates, a segunda turma do curso “Introdução à Atividade de Inteligência para Membros do Ministério Público", que está sendo realizado hoje, dia 03, e amanhã em regime de tempo integral, visitaram as novas instalações do Núcleo de Inteligência da Instituição (NIC), que de acordo com uma proposta que vem sendo debatida pode mudar a denominação para Coordenação de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). Em meio aos equipamentos, tiveram oportunidade de ver de perto como o setor atua dando suporte não apenas à área criminal, conhecendo a sistemática e formas de obter um auxílio na área da inteligência para agilizar os procedimentos em suas comarcas.
O curso foi aberto pelo promotor de Justiça Geder Gomes, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp), para quem os bons exemplos devem ser seguidos em busca da eficiência, ressaltando que o esforço conjunto seguindo diretrizes traçadas pelo procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva é a melhor estratégia para enfrentar os desafios. Idealizador do evento, o promotor de Justiça Antônio Villas Boas, coordenador do NIC, explicou que o curso faz parte do plano de atuação do núcleo e anunciou que ele poderá ser reformatado e oferecido no próximo ano quando também serão realizados cursos básicos mais aprofundados por áreas temáticas, como já aconteceu com a área ambiental.
O primeiro palestrante foi Ademar Tanner, delegado de polícia coordenador da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, que deu detalhes sobre os fundamentos da metodologia da produção do conhecimento. Por via da atividade de inteligência, segundo o delegado, é possível efetivar parcerias entre instituições como a Polícia Judiciária, Polícias Militar, Ministério Público e sistema prisional que resultam em mais eficiência com a troca de dados e informações. “A contribuição de todos acalma as divergências existentes em torno da investigação criminal e traz todos os órgãos que atuam no combate ao crime para juntos, unindo conhecimentos, construírem outros conhecimentos,” pontua.
O importante é o resultado, complementa Villas Boas, ressaltando que a atividade da inteligência não é investigação e serve para assessorar a tomada de uma decisão que pode ser a oitiva de uma pessoa, um pedido de prisão ou adoção de medidas preventivas como destacamento de um efetivo policial para determinada área onde algum movimento foi constatado, evitando assim uma ocorrência criminosa como um assalto a banco. Para os muitos colegas que atuam no interior e que até amanhã estarão no curso, ele deu notícias sobre a implantação de um plantão que funcionará no NIC à noite e nos finais de semana, proporcionando agilidade no fornecimento de informações que requerem urgência como em casos de flagrantes.
Nas novas dependências, as perguntas que já eram muitas na sala de aula do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), foram intensificadas e, além de Villas Boas, servidores que atuam no NIC explanaram sobre os sofisticados equipamentos, a agilidade na apuração de dados, como funcionam as diversas ferramentas disponíveis no MP, conheceram a sala de proteção de conhecimento, além do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro. Da mesma forma tomaram conhecimento da implantação do setor de georreferenciamento que permite localizar no espaço onde determinado fato aconteceu, bem como das medidas de segurança adotadas pelo MP com a reformulação de todo sistema de segurança do prédio onde atua o NIC.
A realização de cursos de capacitação em inteligência faz parte de uma das linhas estratégicas do Plano de Atuação do NIC, que também já realizou uma atividade voltada para área ambiental que foi piloto de uma série de quatro previstos, já estando formatados mais três da mesma natureza com os temas improbidade administrativa, sonegação fiscal e organizações criminosas.
Fotos: Ceaf