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Fórum atualiza cenário epidemiológico e discute melhorias para 2024
O Ministério Público estadual, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Salvador, promoveu na última sexta, dia 06, o Fórum de Vigilância Epidemiológica, na sede do MP, no CAB. A reunião atualizou o cenário epidemiológico no estado e avaliou riscos e melhorias para o ano de 2024.
O promotor da 2ª PJ de Defesa da Saúde e Saúde de Salvador, Rogério Queiroz, realizou a abertura da reunião. Ele dividiu a mesa com a coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau), promotora de Justiça Patrícia Medrado; o professor associado de epidemiologia da faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Guilherme Ribeiro; a sanitarista e coordenadora da Superintendência de Proteção e Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria da Saúde do estado da Bahia (Sesab), Sandra Maria da Purificação; o veterinário na área técnica do Controle Vetorial de Arboviroses da Suvisa/Sesab, Rafael Machado; e a sanitarista da área Técnica da Doença de Chagas, na Suvisa, Cristiane Medeiros.
Os temas discutidos visaram analisar o cenário epidemiológico deste ano em pautas significativas, como a necessidade do estado em ter uma evidência epidemiológica ativa para que a cobertura sanitária seja abrangente e eficaz, a fim de evitar crises ocasionadas por arboviroses e doenças relacionada; os aspectos e impactos ocasionados pelas mudanças climáticas, com destaque para o aquecimento global, que colabora para fortalecimento de vetores e suas formas de transmissão, aumentando o cenário de arboviroses; a atenção para o monitoramento de riscos para surtos de Malária, decorrentes de pessoas contaminadas vindas de regiões externas ao estado, que demanda acompanhamento e realização de busca ativa nas áreas que a pessoa contaminada teve acesso; e a importância de ter o olhar apurado para a doença de Chagas no estado da Bahia, a fim de reforçar a necessidade de acompanhamento da pessoa acometida e seus familiares mesmo após o tratamento, para que seja feito o controle da transmissão e crescimento da doença, que registra cerca de 600 óbitos por ano.
Na reunião também foram discutidas possíveis soluções e medidas a serem tomadas para melhorias no processo de evidência epidemiológica e sanitária na Bahia, como o fortalecimento de vínculos com as secretarias municipais de saúde; tratar arboviroses como problemas sociais de alta relevância, e não somente quando há casos de surtos; a melhoria no esquema vacinal; e reforço na divulgação de medidas a serem adotadas pelas autoridades responsáveis e pela população. O acompanhamento do cenário epidemiológico é uma pauta indispensável para o MP, aponta o promotor Rogério Queiroz. “Quando você resolve um problema relacionado a epidemiologia de um local, você não atende apenas uma pessoa, você gera melhoria e qualidade de vida à uma população inteira. Por esse motivo é tão importante ‘fazer questão’ de acompanhar esse cenário e debater sobre ele.’, afirmou.
Fotos: Ramon Lopes
*Sob supervisão de George Brito (DRT-BA2927)