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Moradores do São Caetano apresentam carências do bairro em audiência pública
Moradores do São Caetano apresentam
carências do bairro em audiência pública
Moradores da Capelinha, Boa Vista, Goméia, Sussunga, Formiga, Fonte da Bica de Baixo, Fonte da Bica de Cima e Profilurb são comunidades integrantes do bairro de São Caetano, de quase 400 mil habitantes. Além de clamarem por maior segurança, mostraram a necessidade de ampliação do posto de saúde, entre outros benefícios, durante uma audiência pública realizada hoje, dia 25, sob a presidência do procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva, no Colégio Estadual José Barreto de Araújo Bastos. A audiência, primeira do chefe do MP que assumiu há dois meses, é uma prévia do atendimento do projeto “MP Vai às Ruas”, que busca ouvir os anseios da comunidade e, a partir do dia 8 de junho e até o dia 22, dará andamento às demandas, atendendo a população do São Caetano em sua unidade móvel, que estará durante todas as manhãs na Rua Aristóteles Góis, s/n, na praça em frente à Escola Municipal Batista de São Caetano.
O primeiro pronunciamento da audiência foi o de um emocionado líder comunitário com experiência superior a 30 anos. Lauriano Barbosa da Silva, conhecido por Loli, exaltou a iniciativa do Ministério Público e, mesmo declarando-se inibido por estar sentado à mesa com tantas autoridades, o que acontecia em sua vida pela primeira vez, não hesitou em falar sobre seu trabalho e reivindicações, como a do MP se empenhar em verificar a possibilidade dos líderes comunitários terem direito a um passe e não pagar passagens no transporte coletivo. Para ele, a ampliação do posto de saúde, dotando-o de maternidade e melhoria da emergência, é fundamental, principalmente por causa do crescimento vertiginoso do bairro. Além disso, outros serviços são necessários, como a criação da sede do Conselho Tutelar; a implantação de um SAC, como já existe em outros bairros; dotação de uma agência bancária; implantação de escola profissionalizante, de creche, além de novas linhas de transporte.
Compuseram a mesa da audiência a coordenadora do Núcleo de Promoção da Paternidade Responsável (Nupar), promotora de Justiça Lúcia Helena Ribeiro da Cruz; Cel PM Guilherme da Mata, subcomandante do Comando de Policiamento Regional da Capital – Baía de Todos os Santos; delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia Omar Leal; comandante da 9ª Companhia da PM, Maj Jassilandro Santos; representante da Associação Reitor Miguel Calmon, Lauriano Barbosa da Silva; e o diretor do Colégio Estadual José Barreto de Araújo Bastos, Gilson Ferreira. Estiveram presentes os promotores de Justiça Ricardo Dourado, chefe do gabinete do MP; Adalvo Dourado, assessor especial; além de Marília Peixoto e Adilson Oliveira, que atuam no Nupar, núcleo que abriga o projeto “MP vai às Ruas” e, de 2005 até a presente data, promoveu mais de 25 mil reconhecimentos de paternidade, desafogando as Varas de Família e solucionando conflitos sem ação judicial, segundo Lúcia Helena, que defende o engajamento das lideranças comunitárias para, em parceria com o MP, promover as devidas transformações.