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Ministério Público prestará homenagem post mortem a Gey Espinheira
Ministério Público prestará homenagem
post mortem a Gey Espinheira
Um dos maiores estudiosos da questão da violência e desigualdade social na Bahia, o sociólogo, professor e escritor Gey Espinheira, falecido no último mês de março, foi escolhido à unanimidade para ser contemplado com o prêmio outorgado pelo Ministério Público estadual em homenagem à personalidade destaque na defesa do Direitos Humanos: o 'Prêmio J.J. Calmon de Passos'. Vitimado por um câncer no esôfago aos 62 anos de idade, Gey, cujo nome completo era Carlos Geraldo D'Andrea Espinheira, possuía graduação e mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Sua atuação como sociólogo, professor e pesquisador enfocava temas relacionados aos direitos humanos, violência, democracia, cidadania e educação. Gey desenvolveu diversos projetos e pesquisas e foi parceiro do Ministério Público no Programa de Redução dos Danos Sociais nos Bairros do Subúrbio Ferroviário (RDS), em 2000. O trabalho desenvolvido na região, uma das mais violentas de Salvador, resultou no livro-diagnóstico coordenado por ele e lançado em 2004 no MP: 'Sociabilidade e Violência – Criminalidade no cotidiano de vida dos moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador'.
A homenagem post mortem será prestada durante o encerramento da Semana do Ministério Público, no próximo dia 18 de dezembro. Na oportunidade, também serão agraciados com a 'Medalha do Mérito do Ministério Público', horaria concedida a pessoas ou instituições pela prestação de relevantes serviços à sociedade e ao MP, na defesa dos direitos inerentes ao exercício da cidadania plena, o professor Cid Teixeira, um dos maiores historiadores do Brasil; as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), organização filantrópica que tem por missão “amar e servir aos mais pobres, oferecendo atendimento gratuito na saúde, educação e assistência social” e que é referência nacional da rede SUS na área de saúde, ensino e pesquisa; e Antônio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê Aiyê, fundador da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, pela contribuição para o resgate e afirmação da cultura de origem africana no Brasil e incentivo às atividades voltadas para a conscientização da população negra acerca de seus direitos civis. Os nomes dos agraciados foram definidos na manhã desta segunda-feira, dia 23, pela comissão de outorga dos prêmios, composta pelo procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto; pela procuradora-geral de Justiça Adjunta, Eny Magalhães; pelos procuradores de Justiça Ademário Rodrigues e Leonor Atanázio; e pela promotora de Justiça Márcia Virgens.
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