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Falta de prazos legais prejudica êxito de operações policiais
Falta dos prazos legais prejudica
êxito de operações policiais
Dar prioridade ao caso, alocar os recursos humanos e técnicos necessários, executar um eficiente trabalho de inteligência, contar com policiais comprometidos, e ser desenvolvido um trabalho ágil, integrado e harmônico pela Polícia, pelo Ministério Público e pela Justiça. Estes são os requisitos que o delegado da Polícia Federal de São Paulo, Ricardo Saadi, considera mais importantes para o êxito de uma operação policial. Ele foi um dos palestrantes da manhã de hoje, dia 4, falando sobre 'Gestão de casos – estudos de casos, estratégia e planejamento, rotinas e procedimentos' para os procuradores e promotores de Justiça, procuradores da República e do Estado, desembargadores e juízes de Direito, delegados das Polícia Federal e Civil e auditores da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia que estão participando do 'Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD) – Módulo II', curso que está sendo realizado pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do MP (Ceaf), desde o dia 2, no auditório do MP.
Expondo o caso da prisão do megatraficante Juan Carlos Ramires Abadia, o delegado da Polícia Federal detalhou as várias etapas que envolvem a deflagração de uma operação policial, desde o momento da chegada da notícia de um crime até a entrega do relatório final. Ele explicou que a Polícia Federal recebe notícia de vários crimes, e, a partir daí, faz a seleção do que merece maior atenção. “Os próximos passos são a montagem da equipe que trabalhará no caso, a obtenção da infraestrutura necessária e o estabelecimento do cronograma para a deflagração da operação”, acrescentou Ricardo Saadi. Segundo o delegado federal, a principal dificuldade para o êxito total das operações é a falta de prazos legais para que uma ação penal se inicie e seja concluída. “Estou há 7 anos na Polícia Federal e até agora nenhuma das operações realizadas teve trânsito em julgado, observou ele, acrescentando que “o julgamento rápido seria muito bom para que o culpado fosse punido, e o inocente tenha seu nome limpo”.
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