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Equinos podem ser retirados da “Lavagem do Bonfim”
Equinos podem ser
retirados da “Lavagem do Bonfim”
“Expostos a maus tratos”, os equinos utilizados para puxar as carroças durante a tradicional ‘Lavagem do Bonfim’ devem ser poupados a partir deste ano de 2010. Isso, se a Justiça deferir pedido de liminar apresentado em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público estadual, em conjunto com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia, a Associação Brasileira Terra Verde Viva e Associação Célula Mãe, contra o Município de Salvador e a Empresa de Turismo S/A (Saltur). Juntas, as instituições, que alegam a existência de maus tratos, solicitam à Justiça que determine a retirada dos equinos do percurso que pode chegar a 12 km.
Segundo os autores da ação, os animais utilizados durante a lavagem “padecem terrivelmente com as agressões que se lhes impõem o peso das pessoas pulando em cima das carroças, com os tombos, com a longa exposição ao sol e calor intenso e com a falta de água e alimento”. Além disso, destaca o promotor de Justiça Heron Santana Gordilho, os equinos ficam sujeitos à agressão física praticada por determinadas pessoas. Para o MP, OAB e associações , “a retirada dos equinos do evento não acarretará qualquer prejuízo para a festa”. Aliás, argumentam eles, “quando a Administração Municipal de Salvador proibiu a presença dos trios elétricos durante o percurso profano, sob o jargão ‘quem tem fé, vai a pé’, deveria também ter proibido o uso de animais puxando as pesadas carroças”.
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