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Integração da defesa do patrimônio e combate à corrupção precisam de mais agilidade da Justiça
Integração da defesa do patrimônio e combate
à corrupção precisam de mais agilidade da Justiça
Além de maior agilidade da Justiça, é necessário haver um aprimoramento da legislação, assim como mais agilidade na aplicação dessa legislação no que se refere à integração da defesa do patrimônio público e do combate à corrupção no país. Esse é o entendimento do coordenador do setor de inteligência da Controladoria Geral da União (CGU), Gilson Libório, palestrante do “Curso Investigação Financeira”, aberto hoje, dia 04, no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf). Tendo por público-alvo membros do Ministério Público estadual e servidores, o curso que se estende até amanhã objetiva proporcionar acesso às técnicas de investigação e, por conseguinte, a atuação mais eficaz no combate à corrupção e à improbidade administrativa.
Da mesa de abertura do curso participaram os promotores de Justiça José Renato Oliva e Nivaldo Aquino, respectivamente, coordenadores do Ceaf e do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim), além de José Vicente Santos Lima, assessor de Gabinete. Segundo José Renato, a realização do evento foi possível devido a política de integração já existente entre vários órgãos, tendo o Ceaf e o Caocrim contado com a participação efetiva da Escola do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) bem como do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).
Para Nivaldo Aquino, a realização do curso é mais uma demonstração da preocupação com o combate ao crime organizado e a lavagem de dinheiro por parte da Instituição que, ao longo do tempo, registra crescente credibilidade notadamente no que se refere ao enfrentamento a esse tipo de crime, o que deve ser mantido. A criação de grupos especiais pelos Ministérios Públicos nesse setor, com uma crescente integração da CGU, facilita o entendimento em direção a obtenção de bons resultados segundo Gilson Libório que cita as várias operações conjuntas realizadas no país. Entre elas, a realizada na semana passada resultando na prisão de agentes ligados à Subsecretaria da Receita, acusados de integrar esquema de corrupção que causou enorme prejuízo financeiro aos cofres públicos, operação que ainda está em andamento. Esse inclusive foi o motivo de não ter sido possível a participação do controlador-geral do Município de São Paulo, que integra a CGU, Mário Spinelli, que falaria sobre o enfrentamento da corrupção no curso no Ceaf. A palestra dele, marcada para o início da tarde de hoje acabou sendo realizada via skype com a colaboração de Gilson Libório. Eles entendem que atualmente, em meio a agilidade de informações e seu fluxo, há uma necessidade crescente das ferramentas tecnológicas e equipes cada dia mais especializadas tanto na área da tecnologia e inteligência quanto uma metodologia própria para utilizar esses dados de maneira integrada de forma a atuar preventivamente.
Com carga horária de 16h, o curso será encerrado amanhã e conta com a participação também da procuradora de Justiça Evelise Pedroso Teixeira Prado Vieira, do promotor de Justiça André Luiz Nogueira Cunha e da assistente técnica de Promotoria e economista Leila Ribeiro de Araújo, os três de São Paulo, bem como do conselheiro substituto do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Omar Pires Dias, devendo o debate final tratar sobre a análise de dados bancários e dossiê integrado por meio do laboratório de repressão à lavagem de dinheiro.
Fotos: H.F Fotografia - Cecom/MPBA
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