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Evento reúne parceiros para debater formas de intensificar combate ao tráfico de animais
Evento reúne parceiros para debater formas de
intensificar combate ao tráfico de animais
Cerca de 38 milhões de animais são retirados de seu habitat por ano no Brasil para alimentar o tráfico e, de cada 10, apenas um consegue chegar ao consumidor final, situação que preocupa e foi destaque do “Curso Manejo da Fauna” realizado hoje, dia 14, no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) do Ministério Público estadual. Segundo a médica veterinária Fernanda Libório, analista ambiental do Cetas/Ibama, o Brasil movimenta R$ 1 bilhão por ano com o tráfico e, por isso, ela considera de fundamental importância que as parcerias sejam intensificadas envolvendo não apenas entidades ligadas a proteção do meio ambiente, mas voluntários, pesquisadores e estudantes para combater os crimes contra a diversidade.
O curso teve o objetivo de capacitar os participantes para o manejo da fauna silvestre durante as Fiscalizações Preventivas Integradas (FPIs), tendo por público-alvo os membros e servidores do MP envolvidos na temática ambiental, técnicos do Inema e do Ibama, policiais militares e rodoviários federais que participam diretamente das FPIs. Foi durante as FPIs, que acontecem em vários municípios baianos, que surgiu a necessidade de serem realizados eventos dessa natureza e diante da participação, já estão sendo formatados novos encontros envolvendo outros públicos. Ontem aconteceu um workshop sobre soltura de animais silvestres e amanhã, dia 15, as atividades práticas acontecerão no Cetas/Ibama, onde os animais apreendidos são acolhidos.
Biólogos e médicos veterinários debateram hoje sobre temas como os aspectos gerais de taxonomia e identificação de espécies, aspectos comportamentais de aves, mamíferos e répteis, manejo básico dos animais silvestres, medidas básicas de socorro, entre outros temas abordados por Andreza Amaral, Débora Malta e Fernanda Libório. Segundo Libório, o tráfico de aves é o terceiro maior negócio ilegal do mundo, perdendo apenas para as armas e drogas, e essas aves, como outros animais, são cruelmente tratados. Alguns traficantes transportam cobras enroladas na perna ou na cintura, envoltas em meias finas. Papagaios são enfiados em tubos e transportados em malas, havendo muito tráfico via Correios, pontua a veterinária, acrescentando que já são computados avanços no combate a esse tipo de crime, mas muito tem que acontecer e isso depende de boas parcerias. Na oportunidade, o promotor de Justiça Julimar Barreto, com atuação em Santo Antônio de Jesus, falou de seu desempenho na área do meio ambiente e disponibilizou modelos de cópias de termos de autuação da Promotoria Regional e talonários que podem ser adaptados por parceiros ajudando a melhor identificar o traficante.
Fotos: Ceaf
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