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Curso no MP discute organizações criminosas e inteligência prisional
Curso no MP discute organizações criminosas
e inteligência prisional
Com o objetivo de levar a um maior entendimento da problemática das organizações criminosas e da macrocriminalidade no Brasil e na Bahia, está sendo promovido hoje, dia 27, na sede do Ministério Público estadual no CAB, o curso 'Organizações Criminosas e Inteligência Prisional'. Promovido pelo MP, por meio dos Centros de Apoio Operacional Criminal (Caocrim) e de Segurança Pública (Ceosp), o curso tem entre os seus principais objetivos criar pontos focais no MP para enfrentar as facções que atuam de dentro do sistema prisional. A reunião foi aberta pelo procurador-geral de Justiça Márcio Fahel, que destacou a relevância do tema para o Ministério Público. “Vivemos em uma sociedade confessional, onde as pessoas revelam tudo que fazem, como nas redes sociais. As organizações criminosas também se expõem assim. Para enfrentar esse crime não podemos nos expor da mesma maneira que eles. Não podemos demonstrar vulnerabilidades a fim de que sejamos capazes de enfrentar essas facções”, ressaltou o PGJ.
De acordo com o coordenador do Caocrim, promotor de Justiça Pedro Maia, o curso é parte de um processo implementado no MP que tem por objetivo tratar da macrocriminalidade. “Apresentar as facções criminosas nos presídios e seu modo de atuar é um assunto espinhoso, sobre o qual é preciso que avancemos. Essas facções têm uma capilaridade cada vez maior na nossa sociedade. São organizações com poder, característica e códigos de conduta próprios. É uma realidade paralela que precisamos conhecer melhor para atuarmos de frorma ainda mais eficiente”, salientou. Pela manhã, René Silva Almeida, da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, falou sobre 'Formação e atuação das organizações criminosas no Estado'. Listando as principais organizações e sua forma de funcionamento, o palestrante explicou como seus líderes agem de dentro dos presídios e pontuou as ações de estado que vêm sendo desenvolvidas para coibir esses crimes. “Parcerias entre as polícias, o Ministério Público e o Judiciário estão identificando o funcionamento dessas redes dentro do sistema prisional e a forma como elas se articulam com os crimes que se dão fora do cárcere, como o tráfico de drogas e armas, os assaltos a bancos e as execuções de rivais. A inteligência é o primeiro passo para combater e desbaratar esses grupos”, salientou René.
Pela tarde, o trabalho continuou numa mesa redonda sobre inteligência prisional reunindo representantes de setores com ampla representatividade e conhecimento sobre a temática. “O foco aqui é nos aprofundarmos nas questões de caráter eminentemente prático”, destacou Pedro Maia, acrescentando que “somente por meio deste debate franco é possível construir caminhos e soluções para um enfrentamento mais efetivo dessas organizações”.
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