Você está aqui
Carnaval 2024: MP acompanha retorno das crianças às famílias nas unidades de acolhimento
“Meu filho se sentiu acolhido e amado. Tanto, que ele não quer ir embora, do mesmo jeito que aconteceu no ano passado, quando também deixei aqui”, afirmou Ana Cristina, 30. Desde a última quinta-feira, dia 8, ela trabalhou como cordeira no Circuito Dodô, na Barra-Ondina, e os seus três filhos foram acolhidos na Unidade de Acolhimento 04 do Projeto Salvador Acolhe, localizada na Escola Municipal Casa da Providência, na Saúde. Entre eles, seu bebê de seis meses que “resistiu” por poucos minutos a ir para o colo da mãe.
Como os filhos de Ana, 470 crianças acolhidas nas cinco unidades instaladas pela Prefeitura Municipal, passaram pelo processo de retorno às famílias na manhã desta quarta-feira de cinzas, dia 14. O Ministério Público estadual acompanhou o desacolhimento, que foi realizado sem ocorrências de irregularidades ou violação de direitos. O acompanhamento foi feito pela promotora de Justiça Renata Costa Bandeira, pela psicóloga Lua Cal e pela assistente social Niedja Correia. Segundo dados da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), o número de acolhidos aumentou 28% em relação ao Carnaval do ano passado. Das 9h às 11h, período em que o MP realizou as visitas para verificar o processo de desacolhimento, a maior parte das crianças nas cinco unidades já haviam sido buscadas pelos pais ou responsáveis legais. Na Unidade de Acolhimento 1, na Casa da Amizade, em Ondina, todas já haviam retornado às famílias antes das 10h30. O total desacolhimento é previsto para ocorrer até meio-dia da quarta de Carnaval, e caso haja meninos e meninas remanescentes a rede de proteção entra em contato com os responsáveis para providenciar o retorno ao seio familiar.
Neste Carnaval, o Ministério Público fez vistorias para verificar a regularidade do funcionamento das unidades de acolhimento em três dias de festa. Durante todo o ano anterior, o MP fez reuniões periódicas com a rede de proteção da criança e adolescente e articulações institucionais com os órgãos para assegurar o funcionamento dos serviços considerados essenciais, especialmente para o público infantojuvenil em situação de vulnerabilidade. “Esse serviço do acolhimento foi acordado pela rede e assumido pela Prefeitura, sendo mantido pela SPMJ) Todos os relatórios e registros do que foi identificado nas unidades farão parte do procedimento instaurado na 7ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, a fim de que sirva de comprovação do que deu certo e do que precisa ser aprimorado para o próximo carnaval”, afirmou a promotora de Justiça Márcia Rabelo, titular da 7ª Promotoria.
Atenção, jornalista! Cadastre-se nas nossas listas de transmissão por meio da nossa Sala de Imprensa e receba nossos releases.