Estudantes serão autores-leitores de
 uma história de defesa do meio ambiente

Estudantes do ensino fundamental do município de Ilhéus participarão, a partir do próximo mês de junho, de um projeto de conscientização ambiental, em que eles serão os autores e os próprios leitores da história que começarão a escrever. Uma história que se iniciará na tentativa de apagar uma outra: a da degradação do meio ambiente, que, segundo a promotora de Justiça Karina Cherubini, lamentavelmente, tem sido escrita de forma rápida e intensa. A constatação, grifa a promotora, que é a idealizadora do projeto ‘Eco Kids’, reforça o entendimento de que a consciência da proteção precisa ser antecipada.

Para Karina Cherubini, as crianças e os adolescentes de hoje precisam sentir-se responsáveis pelo meio ambiente, para que cuidem dele tanto para si como para as gerações futuras. Foi nesse sentido, aliás, que o Ministério Público estadual, por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, buscou o apoio da Secretaria Municipal de Educação, do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema), do Conselho Gestor do Fundeb e do Centro de Apoio de Medidas Alternativas (Ceapa), e desenvolveu o ‘Eco Kids’, um projeto de criação e circulação de um informativo trimestral sobre meio ambiente voltado e preparado por alunos das escolas de ensino fundamental de Ilhéus, município localizado a 465 km da Salvador, e custeado por infratores ambientais que o farão em cumprimento de pena alternativa. A primeira edição do jornal será confeccionada em junho próximo por alunos do Colégio São Jorge dos Ilhéus, que, com caneta, papel e boas idéias, começarão a escrever uma nova história. Enfocando os tópicos fauna e lixo, eles serão os primeiros estudantes a participarem do processo de produção que se repetirá em todas as escolas municipais públicas e particulares, em ordem estabelecida pela Secretaria Municipal de Educação.

Os estudantes envolvidos no projeto do jornal feito de aluno para aluno manterão um contato frequente com temas relacionados ao meio ambiente, consolidando e fixando conhecimentos através de processos criativos que estimularão e atrairão novos agentes para a defesa ambiental, destaca a promotora de Justiça. Ela acredita que “fazer com que o estudante leia frequentemente sobre o meio ambiente, em linguagem acessível, em produções voltadas para a sua faixa etária, com a possibilidade de ser leitor-autor, certamente, contribuirá para torná-lo mais um ator social de defesa ambiental”. De acordo com Karina Cherubini, o jornal será desenvolvido em uma escola-chave, com criação, seleção e diagramação das matérias pelos alunos, que desenvolverão tudo sob orientação pedagógica. A aprovação ficará por conta do conselho editorial formado por membro do MP e da Secretaria Municipal de Educação de Ilhéus, com o apoio do Condema, Conselho Gestor do Fundeb e Ceapa, sendo a publicação e distribuição gratuitas.