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Semana do MP – Promotoria de Projetos e resolução consensual de conflitos são temas de palestras
“Cabe ao Ministério Público através da sua missão institucional desenvolver uma nova prática sociotransformadora, voltada ao alcance dos objetivos estratégicos da sociedade’, afirmou o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Marcelo Goulart, hoje, dia 14, durante a Semana do MP, defendendo a proximidade da instituição com a sociedade. Membro da Escola Nacional do Ministério Público (Enamp), Marcelo Goulart destacou que os promotores de Justiça são agentes políticos e que não basta apenas conhecer a lei. Ele dividiu a mesa de abertura da programação de hoje com o promotor de Justiça Valmiro Macedo, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (Ceduc), e o promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Luciano Luz Badini Martins. “Precisamos de inovação e atualização permanente. O que fortaleceu a instituição em certo momento da história foi a proximidade com a sociedade e com os mais pobres”, ressaltou.
Durante a palestra, ele falou ainda sobre a necessidade do MP elaborar planos e programas de atuação, com a eleição de prioridades, definição de objetivos e metas, e implementação de projetos executivos. O modelo de Promotoria de projetos, apresentado pelo promotor de Justiça, deve ser voltado ao alcance de objetivos estratégicos, com a definição de ações específicas como a realização de audiências públicas com os destinatários das políticas públicas; consultas a comunidade científica e a executores de políticas públicas; sistematização da informação e elaboração de um documento final com a definição de prioridades e metas. Outra mudança necessária, na opinião de Marcelo Goulart, é a necessidade de uma nova formação para os jovens promotores de Justiça.
‘O MP e a resolução consensual de conflitos’
Logo em seguida, o promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Luciano Luz Badini Martins, falou sobre a importância da resolução consensual de conflitos. “Precisamos de capacitação em técnicas extrajudiciais de resolução de conflitos”, afirmou. Ele complementou que, atualmente, os inquéritos civis não são meros instrumentos destinados a viabilizar o exercício responsável da Ação Civil Pública, e sim procedimentos vocacionados à formalização do consenso em seara extrajudicial. “Precisamos resgatar o diálogo. Vivemos a simplificação de procedimentos e a mediação é o instrumento para a resolução de conflitos”, afirmou.
Crédito das fotos: Guilherme Weber - Rodtag Fotografias
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