Na tarde de ontem, dia 18, o Grupo de Atuação em Defesa da Mulher e da População LGBT do Ministério Público estadual (Gedem) promoveu o encerramento das atividades de 2017 do projeto ‘Mulheres em transformação: ampliando horizontes da família’, em Nazaré. Estiveram presentes a promotora de Justiça Lívia Vaz, coordenadora do Gedem, mulheres que participam do projeto e servidores da Instituição. “Sou mais alegre, durmo melhor e hoje já consigo falar das violências que sofri graças a esse projeto do Gedem”, afirmou Maria Rita dos Santos. Coordenado pela psicóloga Carmefran Viana Teixeira, o projeto visa criar estratégias de enfrentamento à violência doméstica e intrafamiliar, dar oportunidade para as mulheres refletirem sobre seus traumas decorrentes de agressões sofridas e propor espaços de reflexão coletiva e de atendimentos individuais e familiares.

“O MP, enquanto um dos atores de enfrentamento à violência contra as mulheres, realiza um trabalho multidisciplinar, oferecendo atendimento psicossocial, jurídico e psicológico, que é realizado por psicólogos voluntários que desenvolvem projetos no Gedem”, explicou a promotora de Justiça Lívia Vaz. Um exemplo é o ‘Mulheres em transformação: ampliando horizontes da família’, que realiza atividades com as mulheres vítimas de violência doméstica e intrafamiliar, seus familiares que convivem com a situação e os agentes de intervenção direta com as famílias.

O Gedem também atua no monitoramento das vítimas de violência doméstica, orientando-as sobre o funcionamento e papel dos órgãos que integram a rede de proteção. “Somos informados que uma mulher foi vítima de violência a partir dos órgãos da rede ou da própria mulher que nos procura aqui no MP. A partir daí, a gente monitora essa mulher para saber se de fato as medidas jurídicas estão sendo adotadas, se ela está fazendo o acompanhamento psicológico sugerido e também ajuizamos medidas protetivas de urgência para salvaguardar a segurança dessas mulheres caso seja necessário”, explicou a promotora de Justiça Lívia Vaz. Segundo dados do Gedem, este ano foram registrados 1.206 casos de violência doméstica, realizados 4.190 atendimentos, contando com os números do Disque 100 e 180, e ajuizadas 80 medidas protetivas de urgência até ontem, 18. “O trabalho de acolhimento desenvolvido pelo Gedem é de fundamental importância, pois chegamos vitimizadas e traumatizadas. E aqui a gente trabalha o equilíbrio emocional diante das adversidades. Esse projeto é o pontapé inicial para que a mulher se estruture na vida”, destacou Samanta Alves de Almeida.