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Cartilha lançada no MP detalha funcionamento de rede de serviços para crianças com microcefalia
Uma cartilha explicando o funcionamento dos serviços assistenciais da esfera pública e da sociedade civil no tratamento da microcefalia foi lançada hoje, dia 9, durante um encontro que debateu os cuidados voltados a crianças com a síndrome congênita associada ao Zika Vírus, a microcefalia, no auditório do Ministério Público estadual, em Salvador. Apresentada pela Organização Não Governamental Abraço, a cartilha lista locais de funcionamento, horários de atendimento e contatos telefônicos dos serviços prestados em Salvador. O trabalho foi desenvolvido pela ONG, em parceria com o MP, o Estado, o Município e outras organizações da sociedade civil. O evento contou com a participação de pais, mães e crianças com microcefalia, que relataram dificuldades para agendar e encontrar vagas para atendimentos de fisioterapia, neuropediatria, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Para o promotor de Justiça Carlos Martheo Guanaes, a cartilha e o debate promovido no encontro auxiliarão na efetivação dos direitos dessa população. “A nossa luta é conjunta e dessa troca de ideias surgem estratégias, como a cartilha, que foi criada em parceria com base nessas reclamações”, afirmou Carlos Martheo.
Entre os principais serviços que constam na cartilha e foram apresentados aos pais no evento estão os prestados pela Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos Centros Especiais de Reabilitação. De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, o Estado conta com 30 unidades, sendo 14 em Salvador e região metropolitana. A representante da secretaria, Clarissa Campos, disse que um plano estadual foi elaborado com o objetivo de atender especificamente as crianças com microcefalia e as grávidas com casos suspeitos. “O trabalho foi feito com base em visitas técnicas aos municípios, onde conhecemos de perto o problema, e mediante uma parceria firmada com o Ministério da Saúde”, afirmou, anunciando que a rede será ampliada ainda em 2019.
Representando a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Renata Lago explicou que a rede municipal de atenção às crianças com Zika está presente em todos os distritos sanitários da cidade, realizando atendimentos que vão da atenção primária à urgência e emergência. “Nossas ações são transversais, envolvendo saúde, educação e assistência social. Quando necessário, os pacientes são encaminhados para atendimento na rede estadual, mas recomendamos que o contato com o distrito sanitário seja mantido, para que cada caso seja acompanhado de perto”, frisou Renata. Ao final, o promotor de Justiça Carlos Martheo salientou que o encontro contribuiu para identificar gargalos que devem ser enfrentados “de forma mais técnica e consistente no ano de 2019”.
Fotos: Erik Salles (Rodtag)
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