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Racismo e bullying são debatidos por estudantes e profissionais da educação no MP
Cartilha com estratégias anti-bullying é lançada no evento
Profissionais da educação, estudantes, representantes de entidades e de órgãos públicos estaduais e municipais participaram hoje, dia 26, de seminário promovido pelo Ministério Público estadual para discutir bullying e racismo nas escolas. Uma cartilha com explicações sobre bullying e cyberbullying e estratégias para prevenção e combate às práticas criminosas foi lançada no evento. Nele, o procurador-geral de Justiça Pedro Maia, ressaltou que “não se constrói políticas públicas sem diálogo com os seus destinatários”. Ele registrou que é justamente isso que o MP faz hoje e que “não se pode pensar num país do futuro, com crianças e adolescentes que em breve assumirão postos de chefia e comando, sem propiciar a elas uma educação de qualidade, em que práticas como bullying e racismo são coibidas para que não sejam causa de sequelas individuais e coletivas”. O seminário é um estímulo nesse sentido, disse o PGJ, frisando que a ação demonstra a luta do MP por uma sociedade mais justa, fraterna e humana.
A cartilha ‘Bullying e Cyberbullying. Isso não é legal!’ foi lançada pela promotora de Justiça Adélia Bastos. Ao lado do corregedor administrativo do MP Roberto Gomes, ela registrou que há no país “um vertiginoso aumento do bullying no ambiente escolar”, que precisa ser combatido por meio de ações educativas. A Unicef aponta o Brasil como quarto lugar no ranking mundial de prática de bullying nas escolas, informou ela. A cartilha traz explicações sobre os termos, aborda sinais indicativos de sofrimento, estratégias de prevenção e combate e definição das novas tipificações penais. A promotora de Justiça Marina Miranda Neves apresentou a nova configuração do projeto ‘Seja Brother’, que ela gerencia. O projeto busca promover um ambiente escolar mais seguro e inclusivo e oferece aos educadores, gestores públicos e promotores de Justiça um passo a passo para identificação da prática de bullying no ambiente escolar, indicando o que deve ser feito diante dos casos. Por meio dele, explicou Marina Neves, “o MP verdadeiramente colabora formando uma rede de apoio no combate ao bullying”.
Coordenador do Centro de Apoio Operacional Defesa da Educação (Ceduc), o promotor de Justiça Adriano Marques destacou a relevância dos temas e da participação dos estudantes no seminário. Ele explicou que o objetivo do evento é abordar os temas e, mais que isso, mostrar que o MP está ao lado dos educadores, estudantes e gestores para construir novos caminhos junto com eles. “O MP quer fazer parte e não criar soluções isoladas”, frisou o promotor de Justiça, afirmando que a Instituição está integrada com a rede de educação do Estado e dos municípios para fazer mais e melhor. Também integraram a mesa de abertura a procuradora-geral de Justiça Adjunta, Norma Cavalcanti; o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, João Paulo Schoucair; o coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), promotor de Justiça Rogério Gomes;corregedor administrativo do MP, promotor de Justiça Roberto Gomes; promotora de Justiça da Educação, Adelina Bastos; coordenadora de Políticas para Juventude da Secretaria Estadual de Educação, Larissa Santos; a conselheira do Tribunal de Contas do Estado, Carolina Matos; secretário de Educação de Salvador, Thiago Dantas; a representante da União Nacional dos Estudantes na Bahia, Átina Batista.
Ainda na programação do evento teve a doutora em Psicologia Escolar Luciene Torgnetta, palestrando sobre ‘Estrangeiros na própria terra: a violência na escola chamada bullying e sua necessária superação’; e a psicóloga Bianca Orrico, abordando o ‘Uso seguro e responsável da internet: como orientar crianças e adolescentes sobre os riscos e oportunidades na rede’. No turno vespertino o tema racismo foi aprofundado, por meio das palestras ‘Racismo nas escolas’, com a promotora de Justiça Lívia Vaz; ‘Educação antirracista’, com a escritora Bárbara Carine Pinheiro; e da apresentação do projeto ‘Escurecendo escolas, iluminamos o sertão afro-indígena’, pela servidora do MP Renata Souza.
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