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Práticas de Educação Inclusiva são debatidas no MP
Práticas pedagógicas que favorecem a aprendizagem dos alunos com deficiência foram debatidas hoje por educadores e promotores de Justiça durante o workshop 'A inclusão possível: validando práticas escolares', na sede do Ministério Público estadual, em Nazaré. Promovido em parceria pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Salvador) e pelo MPBA, o encontro foi voltado para os professores e teve por objetivo aliar a teoria e prática na promoção de uma nova forma de ensinar. “Incluir não é apenas colocar as crianças e jovens com deficiência nas escolas. É oferecer para elas um ensino adequado às suas necessidades”, salientou a promotora de Justiça Cíntia Guanaes, que coordena o programa 'Todas as Escolas são para todos os Alunos'.
A promotora, que integra o Grupo de Atuação Especial de Defesa da Educação (Geduc), abordou o tema 'A inclusão que queremos', apontando o que o MP espera dos educadores em termos de inclusão. Um dos pontos destacados foi a necessidade de inclusão plena, contemplando não apenas as pessoas com deficiência. “Precisamos levar em conta as questões de raça, gênero, religião e qualquer outra diversidade nesse processo inclusivo”, frisou a promotora, destacando a importância de proteger os alunos com transtornos, como o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O papel do Atendimento Educacional Especializado (AEE), espaço nas escolas voltado ao atendimento complementar para os alunos com deficiência, também mereceu destaque na apresentação. “Precisamos ter clara a noção de que esse ensino se dá em paralelo ao ensino tradicional, caso contrário não estaríamos falando de inclusão”.
Cíntia Guanaes falou também sobre a importância de trabalhar a interação entre as áreas de educação e de saúde. “Os médicos dos alunos com deficiência precisam ser orientados e também orientar os educadores. Muitas vezes, um problema apresentado na sala de aula não se revela no consultório. Por outro lado, um professor não pode dar diagnóstico, nem tampouco exigir que um aluno seja medicado para participar das aulas. As competências de cada profissional devem ser respeitadas e levadas em conta para que tenhamos uma inclusão efetiva”, salientou a promotora, ressaltando a importância de envolver as famílias e os própria alunos no processo de educação. “Nosso maior desafio hoje é o compromisso. Precisamos envolver todos os que participam desse processo”, concluiu a promotora de Justiça.
A presidente da Apae Salvador, Juliana Badaró, falou sobre a importância de parceiros como o Ministério Público. “Este ano, pela primeira vez, o MPBA sediou o nosso evento de educação inclusiva, mais um passo dessa parceria que sempre se traduziu nas ações efetivas de inclusão promovidas pelos promotores de Justiça da área de educação”. O evento teve ainda depoimentos de professores de diversas escolas que trabalham com educação inclusiva e apresentou recursos pedagógicos para o processo de inclusão dos alunos com deficiência.
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