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Promotor acompanha início do combate à dengue em imóveis fechados
Promotor acompanha início do
combate à dengue em imóveis fechados
Amparado em decisão liminar que autorizou, a pedido do Ministério Público estadual, o ingresso de agentes de saúde do Município de Salvador em imóveis abandonados ou fechados, um mutirão de combate à dengue deu início na manhã de hoje, dia 3, às atividades de campo no bairro da Mata Escura, que, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apresenta um índice de infestação de 7,5 % do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Acompanhados pelo promotor de Justiça Márcio Fahel, que integra o Grupo de Atuação Especial da Defesa da Saúde do MP (Gesau), por agentes da Guarda Municipal e da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), os agentes de saúde ingressaram, com o auxílio de um chaveiro, em dois imóveis que estavam fechados e realizaram ainda um trabalho de sensibilização da comunidade, distribuindo panfletos explicativos e alertando as pessoas sobre como combater a doença.
Nos imóveis localizados na Quarta Travessa 13 de Junho e na Travessa Santo Antônio não foram identificados focos do vetor da dengue. Mas hoje, conforme afirmou o secretário de Saúde do Município, José Carlos Brito, foi realizado um trabalho inicial que ainda percorrerá vários outros distritos sanitários de Salvador. A entrada nos imóveis é, segundo Márcio Fahel, “uma medida extrema, mas necessária, pois é um instrumento a mais que os agentes de endemias têm para poder identificar e erradicar os focos do mosquito”. Segundo o promotor de Justiça, por meio do acesso a esses imóveis fechados, será possível fazer uma vistoria completa em determinadas áreas que contarão com um trabalho criterioso, com identificação de imóveis, constatação de ausência de moradores, ingresso com chaveiros, limpeza e erradicação dos focos da doença, garantindo-se assim o direito da coletividade à saúde.
De acordo com o secretário de Saúde, o Município já fez um mapeamento da cidade e identificou mais de 1.200 imóveis abandonados ou fechados que podem estar servindo como locais de reprodução do Aedes aegypti, “vetor de uma doença de difícil combate, que mata mais de 20 mil pessoas por ano em todo o mundo”. Salvador, disse o secretário minutos antes do mutirão partir para as ruas, apresenta condições geográficas e climáticas favoráveis à proliferação da doença. Além disso, lamentou ele, sofre com uma grande desigualdade social que dificulta o avanço das atividades de prevenção “que precisam, fundamentalmente, do apoio da população para que não passemos do índice médio de infestação para o de alto risco. Se a população fizer a sua parte, nós venceremos esta batalha”, conclamou Brito.
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